A Secretaria de Comunicação da Presidência do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, sob a direção de Sidônio Palmeira, decidiu não responder diretamente ao vídeo de Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre as fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Segundo o jornal O Globo, essa decisão de não reagir publicamente foi discutida em reuniões privadas, com o objetivo de evitar ser associada a um “gabinete do ódio”, expressão popularizada no governo anterior.
Esse termo foi cunhado no governo de Jair Bolsonaro para descrever a equipe de assessores presidenciais, incluindo Carlos Bolsonaro, acusados de atacar adversários políticos, o que nunca foi comprovado de ter acontecido.
Essa decisão mostra um momento em que o governo Lula escolhe o silêncio estratégico como resposta política, evitando um confronto direto com um parlamentar da oposição. Essa escolha parece ser orientada pela intenção de não repetir erros de comunicação atribuídos ao governo anterior, especialmente no que se refere à promoção de conflitos online e ao uso agressivo das redes sociais.

Opinião do Autor:
Que o deputado Nickolas Ferreira é um fenômeno das redes sociais, isso não é novidade, e que isso amedronta de verdade a comunicação de Lula também já é mais do que um fato. Mas me chama a atenção que, mesmo tudo isso sendo uma realidade plena, a equipe de comunicação social do governo parece viver em um “universo paralelo” dos heróis da Marvel Studios, pois ainda acham que estratégias antigas da época da “carcomida mídia”, parafraseando Ana Paula Henkel, terão algum efeito.
Apesar de parecer ser uma boa estratégia que provavelmente veio como um conselho de Sidônio Palmeira, em minha opinião, não terá nenhum resultado positivo ou esperado, afinal este governo tem escancarado vários escândalos semanais indefensáveis, provocando o aumento da desconfiança da população e a certeza de que no próximo pleito eleitoral em 2026 a escolha de reeleição de Lula está cada vez mais distante da realidade.