A segurança pública é um dos pilares fundamentais de qualquer nação democrática. Ela garante o direito à vida, à liberdade e ao patrimônio dos cidadãos. No entanto, nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado uma crescente crise nessa área, agravada, segundo críticos e especialistas, por uma postura de negligência e desarticulação por parte do atual governo federal.
Um governo que tem total Falta de Direção e Coordenação Nacional
Desde o início da atual gestão, tem sido evidente a ausência de uma política nacional de segurança pública clara e eficaz. O Ministério da Justiça e Segurança Pública, órgão central na articulação de ações com os estados, tem tido mudanças frequentes em sua liderança e uma atuação marcada mais por discursos políticos do que por estratégias técnicas. A ausência de um plano nacional de combate ao crime organizado, por exemplo, é um dos sinais mais visíveis dessa desarticulação.
São cortados os Recursos e Desinvestimento
Outro indicativo do abandono da segurança pública é o corte de verbas em programas essenciais. Dados do orçamento federal revelam a diminuição progressiva de investimentos em áreas como policiamento comunitário, inteligência policial, capacitação de agentes e tecnologias de monitoramento. Muitas delegacias e unidades da Polícia Militar nos estados operam com recursos escassos, viaturas sucateadas e efetivo insuficiente.
E tem o Crescimento da Violência e do Crime Organizado
A ausência de políticas públicas efetivas tem contribuído para o fortalecimento de facções criminosas, que hoje disputam o controle de territórios urbanos e rurais em diversos estados. O aumento das taxas de homicídios, roubos e crimes patrimoniais em algumas regiões do país contrasta com a promessa de campanha do atual governo de priorizar a segurança. O narcotráfico e o tráfico de armas seguem em expansão, muitas vezes ignorados ou tratados de forma superficial pelas autoridades federais.
Militarização e Repressão Sem Estratégia
Em vez de investir em prevenção e inteligência, o governo tem apostado em ações pontuais de militarização, com o envio das Forças Armadas para comunidades específicas ou em operações de impacto duvidoso. Essa postura tem sido criticada por especialistas, que apontam a ausência de resultados concretos e o risco de violações de direitos humanos.
A Desvalorização das Forças Policiais
As forças de segurança, especialmente as polícias civis e militares, têm enfrentado condições precárias de trabalho e salários defasados. Ao mesmo tempo, faltam programas de saúde mental e valorização profissional para os agentes que atuam na linha de frente. A falta de diálogo entre o governo federal e os representantes dessas categorias só aprofunda a crise de motivação e eficácia.
Os Cortes Orçamentários e Investimentos Contraditórios
Em 2024, o governo federal reduziu em R$ 708 milhões os recursos destinados a ações de prevenção e enfrentamento da criminalidade, representando uma queda de 31,5% em relação ao ano anterior . Essa redução gerou críticas de parlamentares e especialistas, que apontam para a necessidade de investimentos consistentes na área.
Por outro lado, o governo anunciou o repasse de R$ 2,5 bilhões do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) aos estados e ao Distrito Federal em 2024, com o objetivo de fortalecer as forças de segurança locais . Além disso, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) recebeu investimentos de R$ 1,4 bilhão em iniciativas focadas na prevenção da violência e promoção da cidadania.
Pra concluir, é Um Cenário Preocupante
O abandono da segurança pública pelo atual governo não se dá apenas pela ausência de ações diretas, mas principalmente pela falta de planejamento, investimento e compromisso com políticas públicas de longo prazo. O resultado é um país mais vulnerável, com cidadãos inseguros e instituições fragilizadas diante da crescente complexidade da criminalidade.
Enquanto a segurança for tratada como um tema apenas retórico e eleitoral, sem ações estruturadas, o Brasil continuará refém de um sistema ineficaz, injusto e, sobretudo, perigoso.