Ditaduras modernas não precisam mais fechar o Congresso. Elas o compram. Não precisam mais censurar os jornais. Basta distribuir verbas.
Bem-vindo à democracia latino-americana, onde as urnas estão abertas, a liberdade está enterrada e o povo é mero figurante de julgamentos de fachada.
Na Venezuela, Maduro fez eleições com a oposição presa ou impedida de concorrer, com urnas controladas, votos sob vigilância e ainda assim perdeu. Sorte que ele controla o tribunal que garantiu a vitória mesmo com os comprovantes impressos dizendo o contrário.
Na Nicarágua, Daniel Ortega mandou prender todos os candidatos antes das eleições, literalmente. E ainda colocou sua esposa de vice-presidente para garantir que o poder ficasse dentro da própria casa.
Ele foi o último casado por lá, porque os padres foram expulsos do país. Os jornais estão fechados.
Tudo bem, afinal, tiveram eleições no Brasil. Lula foi solto da cadeia no último minuto para concorrer à presidência e venceu a eleição. O tribunal proibiu falar que ele tinha amizade com ditadores pelo mundo todo, ainda que tivesse, enquanto sua campanha dizia que apenas ele poderia trazer a democracia de volta para o país.
Se um cidadão ousasse falar sobre urnas eletrônicas, era perseguido e hoje estão todos lutando contra um “golpe de Estado” sem armas.
A ditadura nos dias de hoje é limpinha, veste terno e usa crachá. Tem a palavra democracia como escudo para calar críticos, punir adversários e manter o povo sob controle. O sistema é livre, claro, desde que você aceite ser governado por quem ele escolher.
Texto de Autor Desconhecido.